O problema da pichação nas escolas relaciona-se diretamente com os problemas de fracasso escolar e delinqüência juvenil. Os pichadores são estigmatizados pela sociedade em geral como vândalos, jovens rebeldes que agridem tanto a propriedade privada como o patrimônio público e dão gastos seja aos governos ou às direções de escola. Aquilo que se chama de vandalismo ou – mais propriamente – depredação, não é um ato desprovido de um significado político, nele está contido um discurso de alto teor contestatório, baseado na estética da destruição aparente, do uso mutante dos espaços públicos, ou seja, da re-elaboração da ordem social.
A destruição é também simbólica, já que o alvo não é a escola em si, mas a sociedade excludente que a constrói. Ela consiste em transformar as paredes circundantes da quadra esportiva da escola em suporte para a elaboração, pelos alunos, de trabalhos com a técnica da arte grafite. O objetivo da atividade era abrir um espaço para que os alunos e a comunidade expressassem suas opiniões a respeito da nossa realidade atual .Outra motivação do projeto é a intenção de afirmar a abertura do espaço escolar como lugar de manifestação cultural, através do reconhecimento explícito do grafite como linguagem artística. Neste aspecto contamos com a valorosa participação de um pesquisador da área. A intervenção artística, sobretudo a linguagem da arte grafite, caiu como uma luva em nossa escola, para evitar que os alunos comecem sua depredação: o grafiteiro não faz mais pichações.
Ele abandona o exibicionismo do desafio de repetir uma mensagem cifrada, entendida por um número limitado de leitores, para se dedicar ao desafio de criar sempre novas possibilidades de representação do mundo, acessíveis a todos aqueles leitores que se interessarem por suas mensagens.
O grafite é diferente de pichação. Na verdade o primeiro poderia abranger o segundo no sentido que pichadores são artistas em potencial. O grafite é algo legal e legalizado. Ultimamente tem se dado um contínuo processo de legitimação do grafite enquanto expressão artística e enquanto canal de diálogo e resgate de uma juventude supostamente perdida. Entendido como uma manifestação artística da urbanidade contemporânea, o grafite traz em si atributos da ordem do belo, associados a uma estética, que vem sendo incorporada à cidade.
O movimento traz no bojo da sua discussão a mobilização comunitária e a valorização pública e popular da arte. Além disso, a arte grafite vem se apresentando também como um mercado de trabalho para aqueles que desenvolvem a técnica e participam da busca pela ampliação do alcance de suas imagens assim como pela legitimação enquanto arte das mesmas.
Não basta encontrar e incorporar passivamente novos meios de comunicação para realizar uma prática pedagógica calcada no diálogo. Para isso, é necessário muito cuidado para não continuar, quase mecanicamente, com a transmissão de determinados conteúdos, consagrados pela força da tradição. Precisamos construir um espaço onde o aluno se sinta reconhecido como produtor de cultura, mesmo que disso não tenha consciência.
Ele abandona o exibicionismo do desafio de repetir uma mensagem cifrada, entendida por um número limitado de leitores, para se dedicar ao desafio de criar sempre novas possibilidades de representação do mundo, acessíveis a todos aqueles leitores que se interessarem por suas mensagens.
O grafite é diferente de pichação. Na verdade o primeiro poderia abranger o segundo no sentido que pichadores são artistas em potencial. O grafite é algo legal e legalizado. Ultimamente tem se dado um contínuo processo de legitimação do grafite enquanto expressão artística e enquanto canal de diálogo e resgate de uma juventude supostamente perdida. Entendido como uma manifestação artística da urbanidade contemporânea, o grafite traz em si atributos da ordem do belo, associados a uma estética, que vem sendo incorporada à cidade.
O movimento traz no bojo da sua discussão a mobilização comunitária e a valorização pública e popular da arte. Além disso, a arte grafite vem se apresentando também como um mercado de trabalho para aqueles que desenvolvem a técnica e participam da busca pela ampliação do alcance de suas imagens assim como pela legitimação enquanto arte das mesmas.
Não basta encontrar e incorporar passivamente novos meios de comunicação para realizar uma prática pedagógica calcada no diálogo. Para isso, é necessário muito cuidado para não continuar, quase mecanicamente, com a transmissão de determinados conteúdos, consagrados pela força da tradição. Precisamos construir um espaço onde o aluno se sinta reconhecido como produtor de cultura, mesmo que disso não tenha consciência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário