terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

1º Edital Prêmio Cultura Hip Hop 2010

Cultura Hip Hop
SID/MinC faz lançamento de mais um edital no FSM 2010






O 1º Edital Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez, que premiará 128 iniciativas voltadas para a promoção e o fortalecimento da Cultura Hip Hop no Brasil, terá lançamento, no próximo dia 29, às 21h, no Auditório Centro Universitário La Salle, na cidade de Canoas, Rio Grande do Sul, durante a realização do 10º Fórum Social Mundial.

O Edital, uma realização do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural (SID), em parceria com a Secretaria de Cidadania Cultural (SCC), o Instituto Empreender e a Ação Educativa, será publicado na primeira semana de abril de 2010 e homenageará o artista, e líder do Movimento, Preto Ghóez, que morreu em 2004, vítima de acidente de carro.

O 1º Edital Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez terá um investimento total de R$ 1,7 milhão e premiará as iniciativas, realizadas individualmente ou em grupo, divididas em cinco categorias diferentes: Reconhecimento, Socioeducativa (Escola de Rua), Geração de Renda, Difusão/Conhecimento (5° Elemento) e Difusão - Menções Honrosas. A atividade de divulgação do Lançamento do Edital será realizada no Palco Principal.

Lançamento acontecerá na noite de shows no FSM

Também no Palco Principal, no dia 29, a partir das 19 horas, o público do FSM poderá conferir o show de quatro bandas, dois DJs e um MC. A banda americana de Chicago, All Natural, abrirá o espetáculo. A seguir vem a apresentação, em duo, das bandas californianas Gifts of Gab e Blackalicious. Depois sobem ao palco os DJs Abu & Branco, de Canoas, que tocarão soul e Rp3, e o MC americano Raashan Ahmad.

Após essas apresentações, o secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Américo Córdula, sobe ao palco, acompanhado de Miriam Bezerra, viúva de Preto Ghóez para fazer o Lançamento do Edital do Prêmio Hip Hop – Edição Preto Ghóez. A banda paulista Racionais MC’s encerra a noite de shows.

O Prêmio

A partir de março, o MinC e as entidades parceiras informarão por meio de seus sites e de outras ferramentas de comunicação, todos os procedimentos necessários para a participação dos interessados. As inscrições permanecerão abertas durante três meses e os interessados poderão encaminhar suas propostas via internet ou pelo correio.

A Cultura Hip Hop, cujas primeiras manifestações, no Brasil, datam do início dos anos 1980, surgiu nos Estados Unidos da América e, atualmente, pode ser encontrada em todo o território brasileiro, principalmente nas periferias das regiões metropolitanas. Mas o Hip Hop também chegou ao interior do Brasil, marcando presença, por exemplo, em assentamentos e acampamentos rurais, aldeias indígenas e comunidades quilombolas. Com isso, absorveu a diversidade da cultura brasileira, criando uma identidade própria, com múltiplas variações, e tornando-se uma linguagem artística das mais representativas da nossa cultura.

Preto Ghóez, o homenageado

Márcio Vicente Góes, nasceu em 8 de outubro de 1971, em São Luis, no Maranhão. Teve uma infância pobre e começou a trabalhar com apenas 10 anos para ajudar a mãe a sustentar a família. Mas a paixão pela música também foi despertada cedo e, em 1993, ele já estava montando a sua primeira banda de Hip Hop, a Habeas Corpus, que, em 1994 passou a se chamar Skina. Em 1996, o artista formou um novo grupo musical. Surgia, então, a Milícia Neo Talmarina que durou até 1998. Neste ano, Preto Ghóez desfez o grupo e criou a Clã Nordestino que gravou um único CD, a Peste Negra do Nordeste, e durou até a sua morte.

Além das bandas, Preto Ghóez fundou os Movimentos Hip Hop Organizado Brasileiro (MHHOB), Favelafro, do Maranhão e Questão Ideológica, do Piauí. O artista escreveu ainda o livro A Sociedade do Código de Barras - O Mundo dos Mesmos. Com a banda Clã Nordestino Ghóez percorreu todo o Brasil e também fez shows em países como a Itália e a França.

Como líder do movimento e um dos fundadores do MHHOB, Preto Ghóez, visitou todo o país fazendo palestras. Depois de sua morte, o compositor, cantor e escritor, recebeu várias homenagens. Dois Pontões de Cultura foram batizados com o seu nome. O primeiro, em Teresina, recebeu o nome de Pontão Preto Ghóez Vive e o segundo, em Rondônia, de Pontão de Rondônia Preto Ghóez - Povos da Floresta. Uma rua da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, também ganhou, em 2006, o nome do líder do movimento Hip Hop no Brasil.

Nino Brown, da Casa Hip Hop de Diadema (SP), ouviu falar de Preto Ghóez no início do movimento no Brasil. “Eu estava em São Paulo e ele no Maranhão e fui a primeira pessoa do estado paulista a fazer contato com ele. Como naquela época não havia computador nos falávamos por carta ou telefone”, conta Brown, um dos precursores e líderes do movimento em São Paulo. Para ele a homenagem do MinC ao artista é mais do que legítima. “Ele representava o movimento e o povo humilde. Também não tinha medo de dizer o que pensava”, justifica Nino Brown, que está no Movimento Hip Hop há 30 anos e para quem a morte de Preto Ghóez foi um choque. “Não acreditávamos que era verdade. Foi uma perda muito grande para todos do movimento”, assegura ele.

Outras informações: (61) 2024-2379 e identidadecultural@cultura.gov.br

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

LITERATURA DO OPRIMIDO

3º Encontro Nacional da Nação Hip-Hop Brasi lançou livro "Hip-Hop a Lápis -
A Literatura do Oprimido"






O 3º Encontro Nacional de Hip-Hop terá entre suas atividades, durante os quatro dias de atividades, o lançamento do novo livro Hip-Hop a Lápis. Surge uma nova literatura, a Literatura do Oprimido. Este é um livro para ficar guardado na estante. Por que se sair de lá, vai mexer com você. Ousado, polemico, desafiador, reflexivo, instigante, inteligente.


É isto que encontrará nas 272 páginas do livro Hip-Hop a Lápis – A Literatura do Oprimido.

O segundo livro da série produzida pelo Ponto de Cultura Hip-Hop a Lápis. A diversidade de temas e abordagens dos 60 autores de todos os cantos, cores e escolaridades mas com uma coisa em comum, a paixão pelo hip-hop e pela literatura. Os rappers, nomes conhecidos, os pesquisadores, os leitores, os fãs, todos juntos e misturados.

Uma leitura única, direta com linguagem de moleque e profundidade de intelectual. Falam de ruas, drogas, sexo, violência policial e doméstica... enfim. Falam da vida oprimida pelo melhor ângulo.

O livro é ilustrado pelo graffiteiro Thiago Vaz, com prefácio de Célio Turino (MinC), apresentado por Aliado G e Sérgio Vaz. São 80 textos distribuido em 14 capítulos organizado por Toni C.
A públicação é inovadora em extrair crônicas da internet (www.vermelho.org.br/hiphop), agora tem mais uma novidade. A seleção dos autores é apresentada diáriamente um a um pelo twitter, a história escrita a lápis é contada por quem vem de baixo, seu protagonista. (twitter/hiphop_a_lapis)

Leia, a Literatura do Oprimido.
Se tiver coragem!